quinta-feira, 5 de março de 2015

CIGANO

Cigano meu cigano fogoso e dengoso…
Como é bom ser levada em teus braços…
De brasa ser atiçada, queimada por teu fogo…
Morder tua boca, beijar, alisar teus traços….

Cigano de olhar tristonho e febril...

Vulto adorado nas noites de insônia…
Teus carinhos lembram a cachoeira…
Debruçada… sobre a bela begônia…

Cigano meu, misto de deus e duende,

Mistério que não acaba e me prende…
É teu meu pensamento, meu corpo…
Sou feliz assim, cativa… dessa corrente…

De ti respiro… bebo vida… energia…

perco e me encontro em teu corpo.
dança sutil exalando perfume, paixão.
Vinte é quatro horas de amor… é pouco!

Cigano meu, quente, de peito macio…

Quero beber o prazer na tua taça…
Rodopiar, girar, bailar no teu arrepio…
Dar continuidade à nossa bela raça!…
Vem cigano meu, me abraça, me caça!

Sou tua para sempre, de graça
(Mary Trujillo)

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